Lições de liderança – aprenda com a série Guerra dos Tronos

Personagens como Jon Snow, Daenerys Targaryen, Cersei e Tyrion Lannister ou Arya e Sansa Stark, assumem diferentes formas de liderança com as quais se pode aprender. Aliás, a série mais famosa dos último tempos como um todo possui excelentes, e péssimos também, insights em liderança. Descubra-os.

Mário Cunha, professor de MBA da Saint Paul nas áreas de liderança e estratégia, citado na versão brasileira da revista Exame, defende que a “Guerra dos Tronos” «possui excelentes e péssimos insights em liderança,  em relação ao que fazer em situações de gestão. Podemos entender as empresas como os reinos e seus gestores como os lideres representados na série, como reis ou personagens que representam um papel de liderança», diz . O professor explica que um dos pontos mais valiosos para um líder é sua visão estratégica, e ao longo das sete temporadas, os expectadores puderam observar personagens utilizando esse pensamento.

Mas vários outros especialistas identificaram situações e acontecimentos naquela que é uma das séries televisivas mais vistas de sempre, que traduzam desafios de liderança e de pensamento estratégico. A Human Resources reuniu alguns. Percorra as duas fotogalerias abaixo (atenção, se ainda não viu o quinto episódio da 8.ª série, que estreou esta madrugada, este artigo tem spoilers)

As personagens

Jon Snow
De “filho bastardo” de Ned Stark, a Rei do Norte, tendo passado por lord comander da Patrulha da Noite, sabe-se agora que Jon Snow é afinal um Targaryen e o legítimo herdeiro do Trono de Ferro. Como responsável supremo dos guardiões da Muralha, mostrou-se um verdadeiro líder, liderando pelo exemplo e não apenas dando ordens. Mas, por seguir os seus ideais cegamente, sem ouvir os seus liderados, acabou por ser traído, e morto. Os criados da série mão quiseram que foste este o seu fim, tendo ressuscitado, continuando a seguir os seus ideais, ganhou a Batalha dos Bastardos, com a ajuda de Sansa Stark, e sagrando-se Rei do Norte. Mais uma vez contra a opinião dos seus seguidores, assumiu Daenerys Targayen como sua rainha para conseguir derrotar o líder dos white walkers, não tendo no entanto assumido grande protagonismo nessa vitória. E, se dúvidas restassem, percebeu-se no penúltimo episódio da Guerra do Tronos, que Jon não poderá continuar a defender a “sua rainha”. A ver vamos como vai resolver o dilema entre a sua palavra, o seu coração, e a sua responsabilidade para todos os cidadãos dos Sete Reinos, mas ao longo de toda a séria demonstrou ser um líder nato, que sabe comandar grandes equipas, inspirando-as ao liderar pelo exemplo, e, muito importante, sendo confiável. Talvez a sua maior “falta” seja ouvir pouco.

Daenerys Targaryen
Esta personagem teve um grande desenvolvimento ao longo da série. No início da história, foi mera moeda de troca para que o seu irmão, Viserys, conseguisse um exército de lutadores para o ajudar a chegar ao trono. Mas ao ganhar três ovos de dragões de presente de casamento, tornou-se a Mãe dos Dragões e começa a sua jornada rumo à conquista do Trono de Ferro. No caminho, libertou e comandou exércitos de escravos e mercenários, conseguindo grande apoio pela empatia demonstrada. No entanto o cenário mudaria quando rumou a Norte. E no penúltimo episódio ficou claro que, deixando cegar pela sede de vingança e de poder, tendo dizimado a população de Porto Real, está mais para “rainha louca”, como seu pai, do que para “rainha de todos”. Nunca tendo sido uma líder natural, procurou sempre ser aconselhada nas suas decisões. Até ao episódio de ontem, inspirou confiança em quase todos, incluindo Jon Snow, que assim juraram lutar por ela até à morte.

Cersei Lannister
Com ambições que pareciam inalcançáveis, a única filha de Twin Lannister sempre trabalhou nas sombras para obter mais do que a vida lhe oferecia. A ambição desmedida e foco nos objectivos, assegurou-lhe, pelo menos durante algum tempo o trono, liderando pelo medo e nunca conseguindo o apoio sincero dos seus súbditos. Se transpuséssemos a personalidade das personagens para o mundo corporativo, Cersei possivelmente teria a ascensão mais rápida ao poder, mas também seria a que se manteria lá menos tempo.

Arya stark
O oposto da irmã Sansa, Arya Stark sempre quis construir a sua própria história, longe dos contos de fadas de princesas e rainhas. Rebelde, com garra, aprendeu a lutar e a “ser ninguém”, para vingar a sua família. Foi quem matou o Rei da Noite, demonstrou várias vezes que persiste no cumprimento dos seus objectivos. Mas, como se viu no penúltimo episódio, sempre se forma muito individualista. Quer resolver tudo sozinha. E sendo tão “solitária”, não cria empatia.

Tyrion Lannister
O mais cerebral dos Lannisters, Tyrion sempre foi o patinho feio da família. Apesar dos maus hábitos, distinguiu-se pela inteligência e pensamento analítico e estratégico. Demasiado auto-confiante em algumas situações.

Sansa Stark
No início, era uma personagem pouco popular, por ser demasiado influenciável e com pouca personalidade, aspirando apenas a casar com um príncipe. Mas ao ver a sua família destruída, tendo sido maltratada pelo Rei Joffrey e por Ramsey Bolton, com quem foi obrigada a casar, ao ser salva por Theon Greyjoy, tornou-se Senhora de Winterfell. Ainda que aparente uma personalidade pouco contundente, Sansa Stark sempre demonstrou vontade em conquistar seus objectivos, mesmo ignorando muitos factores à sua volta. Resiliência talvez seja o facyor que mais se destaque nesta personagem.

– Valorizam a equipa: O líder exemplar sabe escolher as pessoas certas para acompanhá-lo nos “bastidores” e mede o seu sucesso pelo sucesso da equipa. Na série, sem a ajuda de Sir Jorah, Daario, Tyrion, Missandei ou Verme Cinza, Daenerys Targaryen não teria conseguido chegar a Porto Real.

– Ajudam a desenvolver competências: Um bom líder é aquele que conhece as qualidades e fraquezas de cada elemento para tirar o maior proveito daquilo que os colaboradores podem dar à organização. E nisto, tanto Daenerys como Jon Snow têm sido exemplares. Ambos alimentam relações de confiança com as suas tropas e têm sempre em conta as necessidades de quem os rodeia.

– Estão atentos aos outros: Os grandes líderes são preocupados, atenciosos e empáticos. Se as pessoas estiverem descontentes, o mais provável é que isso venha a afectar negativamente o desempenho da empresa. Olhando para o caso de Daenerys, ela aboliu a escravidão e ganhou o respeito de todos. Já Cersei, por ser tão segura de si, ignora a opinião dos outros, por mais experientes que sejam.

– Estão atentos aos outros: Os grandes líderes são preocupados, atenciosos e empáticos. Se as pessoas estiverem descontentes, o mais provável é que isso venha a afectar negativamente o desempenho da empresa. Olhando para o caso de Daenerys, ela aboliu a escravidão e ganhou o respeito de todos. Já Cersei, por ser tão segura de si, ignora a opinião dos outros, por mais experientes que sejam.

– Previnem os riscos: O lema da família Stark – «o Inverno está a chegar» – é um reminder para a constante necessidade de acautelar riscos.

– São motivadores: Os melhores líderes dedicam tempo para ouvir e inspirar as suas equipas. E isto vai muito além de discursos. O líder é visível, estabelece metas, é proactivo e dá o exemplo. Assim o fez Jon Snow, que começou por ser membro da Patrulha da Noite e, no decorrer dos episódios, tornou-se comandante por decisão dos próprios companheiros.

– São motivadores: Os melhores líderes dedicam tempo para ouvir e inspirar as suas equipas. E isto vai muito além de discursos. O líder é visível, estabelece metas, é proactivo e dá o exemplo. Assim o fez Jon Snow, que começou por ser membro da Patrulha da Noite e, no decorrer dos episódios, tornou-se comandante por decisão dos próprios companheiros.

– Conhecem os seus concorrentes: Esteja atento à realidade. A “morte” de Jon Snow pela mão da Patrulha da Noite ilustra a importância de saber identificar a concorrência e perigos.

Fonte: Human Resources Portugal – www.hrportugal.pt